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Eminência Parda lyrics
Eminência Parda lyrics
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Eminência Parda lyrics

[Dona Onete]

Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino1

Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai

[Jé Santiago]

Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou

Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô

Não confio em ninguém, não

Muito menos nos pou-pou (fuck the police)

Dinheiro no bolso, meu pulso todo congelou

Foi antes dos show (foi antes do show)

Bem antes do blow (antes do blow)

Eu tava com meus bro antes do hype e uns invejoso

Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou

Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô

[Emicida]

Ok, eram rancores abissais (mas)

Fiz a fé ecoar como catedrais

Sacro igual torás, mato igual corais

Tubarão voraz de saberes orientais

Meu cântico fez do Atlântico um detalhe quântico

Busque-me nos temporais (vozes ancestrais)

Não se mede coragem em tempo de paz

Estilo Jesus 2.0 (carai, Jesus 2.0)

Caminho sobre as água da mágoa dos pangua

Que caga essas regra que me impusero

Era um nada, hoje guardo o infinito

Me sinto tipo a invenção do zero

Num sou convencido, sou convincente

Vê na rua o que as rima fizeram

Da pasta base pra base na pasta o mundão arrasta

A milhão minha casta voa, ping-pong

Afasta bosta, basta, mente rasta vibra

Recalibra o ying-yang

Igual um cineasta, eu busco a fresta, ofusco a festa

Miro a testa, eu mando um Kim Jong (masta)

Eu decido se vocês vão lidar com o King

Ou se vão lidar com o Kong

Em ouro tipo asteca, vim da vida seca

Tudo era um Saara, um Saara, um Saara

Abundância é a meta, tipo Meca

Sou Thomas Sankara2 que encara e repara

Pick recém nascido, cercado de checa,

Mescla de Vivara, Guevara, Lebara3

Minha caneta ta fudendo com a história branca

E o mundo grita, não para, não para, não para

Então supera a tara velha nessa caravela

Sério para fela, escancara tela em perspectiva

Eu subo quebro tudo e eles chama de concerto

Eu penso que de algum jeito trago a mão de Shiva

Isso é Deus falando através dos mano

Sou eu mirando e matando a Klu

Só quem driblou a morte pela norte saca

Que nunca foi sorte sempre foi Exu (hu!)

Meto terno por diversão

É subalterno ou subversão

Tudo era inferno eu fiz inversão

A meta é o eterno, a imensidão

Como abelha se acumula sob a telha

Eu pastoreio a negra ovelha que vagou dispersa

Polinização pauta conversa

Até que nos chamem de colonização reversa

[Papillon]

Não tem dor que perdurará

Nem o teu ódio perturbará

A missão é recuperar

Cooperar e empoderar

Já foram muito anos na retranca

Mas preto não chora, mano levanta

Não implora, penhora a bandeira branca

Não cansa a garganta com antas

Não adianta não, foco e atenção

Na nossa ascensão, fuck a opressão (ya)

Não tem outra opção até estar tudo em pratos limpos, sem sabão (ya)

A partir de agora é papo reto, sem rodeio

Olha direto nos olhos de um preto sem receio

Dizem que eu cruzei a meta, pra mim nem comecei

Cheguei, rimei, ganhei, sou rei!

[Jé Santiago]

Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou

Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô

Não confio em ninguém, não

Muito menos nos pou-pou (fuck the police)

Dinheiro no bolso, meu pulso todo congelou

Foi antes dos show (foi antes do show)

Bem antes do blow (antes do blow)

Eu tava com meus bro antes do hype e uns invejoso

Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou

Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô

[Dona Onete]

Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino

Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai

1. A música começa e termina com uma citação de uma joia da cultura afro-brasileira, o “Canto II” de Clementina de Jesus, cantado por Dona Onete. Trata-se de um canto tradicional de rodas de capoeira e jongo que conta a história de um menino que foge para o Quilombo de Dumbá.2. Thomas Sankara foi um revolucionário marxista pan-africanista líder político da república de Alto Volta, que viria a se tornar Burkina Faso em seu governo. Ele foi assassinado por uma conspiração internacional para impedir o progresso do seu modelo de governo anti-imperialista para outros países da África.3. Lebara (ou Pomba-Gira) é uma entidade do Candomblé e da Umbanda. Esse orixá trabalha no campo do amor e do empoderamento feminino. As palavras Lebara e Pomba-Gira, em uma forma de desprezar a cultura e religião africana, se tornaram sinônimos de prostituta.

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Emicida
  • country:Brazil
  • Languages:Portuguese, Cape Verdean, English
  • Genre:Hip-Hop/Rap
  • Official site:http://www.emicida.com.br
  • Wiki:http://pt.wikipedia.org/wiki/Emicida
Emicida
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