Os morangos vermelhos escolhidos
E o camelo lindo que enfeita o maço1
Também o copo que você encheu com líquido
E os caninos afiados daquele garfo
O ar que trouxe tarde pr'aqui dentro frio
E o guardanapo sujo que foi muito amassado
O som que encheu o quarto vindo do seu riso
E a água que deixou o seu rosto molhado
Eles sabem porqu'eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo
Eu te convido
Só os morangos que estavam escondidos
E alguns camelos, que de fato, são dromedários
Os poucos copos que ainda sobraram vazios
Além dos pêssegos maduros não descascados
O ar que não entrou quando fechei o vidro
E a toalha que restou na colcha, impecável
As palavras que faltaram aos meus ouvidos
E o calor que não suou no seu corpo intacto
Não sabem como eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo bem-vindo
Só os morangos que estavam escondidos
E alguns camelos, que de fato, são dromedários
Os poucos copos que ainda sobraram vazios
Além dos pêssegos maduros não descascados
O ar que trouxe tarde pr'aqui dentro frio
E o guardanapo sujo que foi muito amassado
O som que encheu o quarto vindo do seu riso
E a água que deixou o seu rosto molhado
Eles sabem porqu'eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem, eles sabem
1. Referência à marca de cigarros Camel, que tem na embalagem o desenho de um camelo