Povo que lavas no rio
E talhas, com teu machado,
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda,
Quem compre o teu chão sagrado
Mas, a tua vida... Não!
Fui ter à mesa redonda,
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão!
Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste...
Mas, a tua vida... Não!
Aromas de urze e de lama;
Dormi com eles na cama,
Tive a mesma condição.
Povo! Povo! Eu te pertenço:
Deste-me alturas de incenso
Mas, a tua vida... Não!