Espalho os teus olhos no chão
Estendo a noite no convés
Deito ao mar o coração
Dou este fado às marés
E peço às ondas que levem
Estes versos, esta voz
São palavras que te pedem
Que não te esqueças de nós
Na restinga das guitarras
Segue a espuma do meu peito
Nesta noite sem amarras
Lanço as redes do meu beijo
Nas gaivotas veio o dia
Veio a manhã que acordava
E quando a noite morria
Eu disse ao mar que te amava