Entre a grama e o relento
Senta o poço em reflexão.
Vêm moças, de noite, com intento;
Os baldes, cheios então.
Na luz, na alvura dela,
Os dias brotam do chão.
E ao longe, nas estrelas,
Dançam os moços, mão-na-mão.
Do estepe sopra o vento,
E um foguinho reluziu.
Andam moças no relento
Com os baldes no quadril.
Brilha a lua com lamento,
Alguém joga o violão.
Entre a grama e o relento
Senta o poço em reflexão.