Como um céu de inverno
Às suas noites craras se abandona.
Como um grande trovom
Que morre tão logo ressoa.
Como umha nascente crara
Abre-se ao mare e se funde nele.
Como um naco de carne
Faz homens de nós.
Quando dous «eles» tocam-se
Todos os nossos sentidos lembram-se
Que um beijo transforma dous seres
Em duas i-almas ligadas, quase eternais.
Quando duas «elas» tocam-se
Tudo em nós acorda
Na evidência que o amore
Fez, desta vez, toda a diferença.
Assim como inseparáveis
São as raízes e as imensas árvores
Quando ventos e procelas
Motejam-nas e estão a teimare...
As caravanas passam
Latem os cães, derreados pela guerra;
Ao ceivare os nossos segredos
A xenreira vai-se embora.
Quando dous «eles» tocam-se
Todos os nossos sentidos lembram-se
Que um beijo transforma dous seres
Em duas i-almas ligadas, quase eternais.
Quando duas «elas» tocam-se
Tudo em nós acorda
Na evidência que o amore
Fez, desta vez, toda a diferença.
Quando duas «elas» tocam-se
Tudo em nós acorda
Na evidência que o amore
Fez, desta vez, toda a diferença.
As i-almas gêmeas são imorrentes
Assaz além (dos pronomes) «ele» ou «ela».