Em criança, já ele tinha dançado aí na corda bamba1
Hoppla hopp, hoppla hopp, hoppla hopp
Ele cavalgou o pónei como uma flecha,
Hoppla hopp, hoppla hopp, hoppla hopp.
Ele queria fazer rir toda a gente,
Enquanto ele próprio fazia uma cara triste.
Ele podia também fazer coisas cómicas,
Mas ele próprio não riu.
O palhaço, o palhaço,
Foi sempre engraçado olhar para ele.
Mas ninguém deixou o palhaço, o palhaço,
Olhar dentro do seu coração.
Então a vida levou-o pelo mundo fora,
Hoppla hopp, hoppla hopp, hoppla hopp
O seu lar, a sua pátria, foi a tenda do circo,
Hoppla hopp, hoppla hopp, hoppla hopp
Ele estava no centro das atenções e o público ria.
Ele viveu de lantejoulas, esplendor e aplauso,
Mas quanto mais rápido a sua grande carreira fez,
Tanto mais solitário ele se viu.
O palhaço, o palhaço,
Foi sempre engraçado olhar para ele.
Mas ninguém deixou o palhaço, o palhaço,
Olhar dentro do seu coração.
Ficou velho, e então nunca mais foi assim,
Hoppla hopp, hoppla hopp, hoppla hopp
O pés dele ficaram frios, gelou na camisola,
Hoppla hopp, hoppla hopp, hoppla hopp
E atrás dele fica apenas uma longa vida.
Não tarda muito, ficará em silêncio a melodia do circo.
Ele deu riso a milhares,
Mas ele próprio nunca riu.
O palhaço, o palhaço,
Foi sempre engraçado olhar para ele
E no entanto nenhum deixou o palhaço, o palhaço,
Olhar dentro do seu coração.
1. Em português, “corda bamba” é uma corda estendida no ar, na qual os arcobatas se deslocam e fazem evoluções. Metaforicamente usa-se a expressão «estar/andar na corda bamba», para descrever uma «situação instável, difícil de controlar» tal como o arcobata em cima do arame (por exemplo, um desempregado vive na corda bamba…».