Não quero que saibas
que aqui a dois meses estou só em minha
Não quero que saibas
quanto mal sinto com negros círculos abaixo de meus olhos
Não quero que saibas
que estou indiferente entre viver e não viver
Não quero que saibas
o quanto te amo
Não quero que saibas
que passo aas horas esperando que me dê um telefonema
Não quero que saibas
que uso a sua roupara para te sentir colado em mim
Não quero que saibas
que perdi o apetite de comer meia porção
Não quero que saibas
que penso em ti da noite à manhã
Não quero que saibas
que por ti estou em pó no chão
Não quero que saibas
que por ti bebo, estou bêbada
Não quero que saibas
que por ti mergulho em coma
Como a uma velha fotografia que pouco a pouco saem as cores
Não quero que saibas
que por ti estou em pó no chão
Não quero que saibas
que por ti existo ainda
Não quero que saibas
que tudo que dizem do quanto estou aparentemente bem é mentira
Não quero que saibas
que todo estou em casa com sombras e fantasmas
Não quero que saibas
que pego o sono com pílulas em cada manhã
Não quero que saibas
que por ti sempre estou aqui
Não quero que saibas
que o que ocorre no mundo me deixa indiferente
Não quero que saibas
que nada mais que passa no mundo não me importa, sinto tudo igual
Não quero que saibas
que estou só e não quero ver ninguém
Não quero que saibas
co quanto te amo
Não quero que saibas
que por ti estou em pó no chão
Não quero que saibas
que por ti bebo, estou bêbada
Não quero que saibas
que por ti mergulho em coma
Como a uma velha fotografia que pouco a pouco saem as cores
Não quero que saibas
que por ti estou em pó no chão
Não quero que saibas
que por ti existo ainda