Sómente gostavas de fazer amor
Lá no pinheiral;
Lá não chateavas jamais.
Eu sentia o fogo nas tuas veias
Cada vez que amava-te,
Quando apertava-te entre os meus braços.
Sómente gostavas de fazer amor,
Eu estava apaixonado
E eu não apercebia-me
Que, com os olhos fechados,
Com o fogo por dentro
E com os punhos apertados,
Não vias jamais
Jamais,
Jamais, jamais, jamais
O meu amor
O meu amor
O meu amor,
Meu pobrezinho amor
E com as tuas mãos,
Tu o abafavas
Com as tuas mãos,
As tuas mãos.
Um só dia foi suficiente
Para encontrares outro homem
Com tuas intrujices.
Fecha os olhos de novo
Com o fogo por dentro,
Aperta os punhos de novo;
Agora é o turno dele.
Sómente gostavas de fazer amor,
Eu estava apaixonado
E eu não apercebia-me
Que, com os olhos fechados,
Com o fogo por dentro
E com os punhos apertados,
Não vias jamais
Jamais,
Jamais, jamais, jamais
O meu amor
O meu amor
O meu amor,
Meu pobrezinho amor
E com as tuas mãos,
Tu o abafavas
Com as tuas mãos,
As tuas mãos.
Voltei para o pinheiral
E pedi desculpas
Sim, eu fiz por ti,
Pelas ofensas cometidas contra a verde grama,
O vento e as sombras
E todas as árvores que conheces.
O meu amor,
O meu amor,
O meu amor,
Meu pobrezinho amor,
O meu amor,
Meu pobrezinho amor.