O corpo que descansa diante de mim,
o tempo todo com a respiração agonizante,
Enfeitiçado e amordaçado,
Eu coloco sua carne na sujeira.
Corpo que estava diante de mim,
Na morte eterna.
Enterrados em abscesso,
Para apodrecer e ficar fedendo na terra.
O altar vazio espreita suas vítimas
Janelas de vidro manchadas de preto.
As velas queimam o óleo da meia-noite,
O incenso preenche a noite.
Observando o estado de transe ao despertar
Deitado ainda sem saber.
Recitando as passagens do tempo
Preparação para a empalação.
A morte é uma obra de arte, a carne e a terra nunca dividem,
Um poder da mentalidade.
A morte resplandece no ar do silêncio,
Um ritual de tempo sem fim.
Purgado de seu cadáver,
Sacrificado de sua vida.
Ritual sobrenatural selado no fogo
Ingresse no reino do desejo.