"Então a única coisa que a gente quer nesse exato momento é que se faça justiça. Vai ter que recuperar esse rio todo aí".
Peixes mutantes invadindo o congresso
Vomitando poluentes com o logotipo impresso, B e R
Quem é do mangue não esquece
As vítimas perecem, as famílias enlouquecem
O caranguejo gigante decepando seus corpos
Aniquilar suas famílias, jogá-las aos corvos
Garças bizarras movidas a óleo, sem dó e sem dor
Bicando seus olhos, sobrevoando em campos
Uma seleção de mortos, pensamentos mórbidos
Realidade, carne e ossos
Enquanto ser humano eu vou destruindo o que posso
O elevador aqui só desce, o demônio é meu sócio
Abriram (uuh) a caixa de pandora
Simon diz: Saiam agora!
A chuva espalhando, todos os mares
Ai ai, uiui ai, como isso arde
É bateria de celulares, césio e similares
A peste invisível maculando os ares
Mercúrio nos rios, diesel nos mares
O solo é estéril, já fizeram sua parte
Uuh, uuh, salvem o planeta
É papelzinho de bala no chão, ói tio, é muita treta
O sádico monstro está à frente
Sai do ciclo vicioso e recicle a sua mente
A minha rima é voraz, árdua e quente
O crioulo aqui é doido e os planos são dementes
E o futuro é num piscar de olhos, cê ta sabendo?
Fulano ali ta derretendo
Eles ficam assim, olhando pra mim
Terceiro setor, vem que tem dimdim
Vendem a ideia de que são legais
Nadar de costas vai jacaré abraça
Eles ficam assim, olhando pra mim
Terceiro setor, vem que tem dimdim
Vendem a ideia de que são legais
Nadar de costas vai jacaré abraça
Num universo de horrores, tuberculose
Câncer, tumores, chagas
Que a prata não repara
Vidas cujo o respeito, não viram nada
O homem sendo a imagem da besta
Crack é fichinha, estão destruindo o planeta
Em breve nascerão vacas sem tetas
Nos cafezais, milharais, a praga dominando a colheita
A água que é pouca sumirá totalmente
Suas sacolas de dinheiro
Não comprarão um só copo de aguardente
Porque destruiram a cana, que adoça os doces
Que adoçam o amargo da vida
Olhar em volta e ver tanta burrice reunida
Vamos parar com isso
Aprender sobre a coleta seletiva de lixo
Arqueólogos, geólogos, antropólogos
Façam parte dos nossos
Respeito e instrução ao povo
Para dizerem sim eu posso, sim eu posso, hoy, sim eu posso
Senhores do orgulho
Abutres comerão suas tripas no entulho
As nuvens vão se formando, as gotas deteriorando
São as pernas quentes da morte aos poucos
Aos poucos, aos poucos nos carregando
Eles ficam assim, olhando pra mim
Terceiro setor, vem que tem dimdim
Vendem a ideia de que são legais
Nadar de costas vai jacaré abraça!
Eles ficam assim, olhando pra mim
Terceiro setor, vem que tem dimdim
Vendem a ideia de que são legais
Nadar de costas vai jacaré abraça