Ontem, tive de me aproximar do mar, do mar
Ontem, tive de render-me à solidão
Precisei de afogar as minhas tristezas, deixá-las ir
Com a maré, em (noite de) lua nova
Hoje, tive de gritar ao medo de mudar
Não procuro destinos mas sim formas de andar
Como o rio que segue o seu curso, eu desvio-me para avançar
Quando o barco parecer perdido, lembra-me para que fim o fizemos
Quando o barco parecer perdido, lembra-me aonde quisemos chegar
Quando o barco parecer perdido, lembra-me para que fim o fizemos
Quando o barco parecer perdido, lembra-me aonde quisemos chegar
Os barcos chegam à costa, o sol põe-se atrás
Com um só suspiro, o nevoeiro desaparece
Para poder ver, diante dos meus olhos, que não preciso de mais nada