Casa 30

Puzzle

A idade não perdoa, quero estar for a da casa do cota

Mas nem das minhas contas dou conta sem «jobar»

O clima em casa sufoca reprovam se trago a nora

Tipo despesa engora, despensa esgota-se e amigos pioram

Mamã nega que saia da barra da saia dela

O cota reza que saia da farra, trabalhe e cresça

Bem-vindo neto, bem-vindo é, me sinto péssimo

Condições negam que saia de casa com a mala feita

Zagalote

Quando a sister deu bala, mau clima se instala

Falta um para 30 a disputar miudezas com o modala

O olhar bravio da velha envelhece a sobrancelha

Estou a procriar no place é mais um peixe na grelha

O álcool toma espaço, o respeito torna-se escasso

Sister mais nova, quando casa e num xpiku te puxa a orelha

Acusado de ser má influência para o cassula

Se a avô estivesse viva diria nwananga kula

Hot Blaze

Tens tua vida mano

Para o ano fazes trinta anos

Ainda estás em casa do papá

Ainda és filhinho da mamã

Cada passarinho faz o seu ninho

Mano até já tens o teu filho

Mano sai daí, sai daí

E vai fazer tua vida

D.T

Senta aí filho, está tudo bem filho?

Cadê mulher filho? Filho, fazes filho?

Primeiro emprego tudo bom e nada mais filho

Já vais a casa 30, nem um DUAT vimos

Comes, limpas a boca, debaixo deste tecto

Os meus irmãos os teus tios, todos eles já tem netos

Falaste de blocos a semana toda

Mas são blocos de CD’s que fazes com os teus amigos rappers

Rosy

Não percebemos, o que se passa na tua cabeça filha (o quê mãe?)

Já vão anos e nada acontece na tua vida

São filhos atrás de filhos, pais diferentes, tudo indefinido

E então, pergunto onde eu falhei?

Reflexo

Na drumuka u tsongwnini

Ntlhanu wa malembe ni mabidre

Nkama anili mutsongo kambe wu tsongo drini wunene

Vali namuntlha nikulile

No stukekana nihuma, nitlhela nyana usiku xipfalo va pfalili

Vani vutisa svaku, niyo heleliwa hi ntirhu

Tilungiseli viki dri taka uta hakela magezi

Ninghe gwenti mahanyela lawa ya mbinyeto

Nibeteteliwa mavoko loku ni phamela xikento

Blaze

Tens tua vida mano

Para o ano fazes trinta anos

Ainda estás em casa do papá

Ainda és filhinho da mamã

Cada passarinho faz o seu ninho

Mano até já tens o teu filho

Mano sai daí, sai daí

E vai fazer tua vida

Myth Pee

Passadas três décadas, imagens são péssimas

Abres os olhos e vês-se nas paredes paredes em que nasceste mano

E o cota só não diz mas não atura

Ver-te partilhar a mesma beliche com o teu cassula

Já é altura, de pagar as próprias contas

Abrir as próprias portas, sorrir e chorar na própria toca

Atira a semente para a tua horta

Que um dia ela brota e sentirás prazer ao te chamarem cota

Gytto Emcee

O tempo não volta por mais que afines barba e bigode

Questionas o amor do cota quando julga-te com os olhos

Que ela quando somes, critica quando dormes, quando comes

Desde que trouxeste a «chick» que varre a home

E já não há espaço suficiente para fazer-se a mesa

Sempre a mesma conversa, há que dividir despesa

Não há mais nem menos

Filho faça o que fizemos

Use a inteligência que te demos

Blaze

Tens tua vida mano

Para o ano fazes trinta anos

Ainda estás em casa do papá

Ainda és filhinho da mamã

Cada passarinho faz o seu ninho

Mano até já tens o teu filho

Mano sai daí, sai daí

E vai fazer tua vida