Ó tu, lá no batel...! Um paço
Mais luxuoso do que a nau
Aqui terias...
Eu sei duns braços nacarinos
E dum peito com frouxas almofadas;
Neles, tu dormirias...!
Carnes em alabastro banhadas
E cabeleiras magníficas...
Tuas deviriam..!
Conheço a cantiga do esquecimento
Que enceguece os espíritos;
Tu a ouvirias...
No azul fusco das funduras
Os meus olhos são dois lampiões
A brilhar e mais brilhar...
A bonança do meu porto
É eternal, como a morte:
Vem cá, vem cá, vem cá...!