Cresci na Ladeira do Prata
Andei no Campo da Pólvora
Rodei pela Barroquinha
O bar do pai, a boemia
A mãe secretária na sapataria
A reza da escola todo santo dia
Medalha de santo pra boa menina
Cantina da Lua, lá no terreiro
E a sinergia da Rosário dos Pretos
Moeda jogada no poço em Nazaré
Faz pedido
Menina pediu pra se encontrar
Nunca é tarde demais
Pra voltar
Pro azul que só tem lá
Eu vim de lá (eu vim de lá)
Eu vim de lá, baby (eu vim de lá)
Eu vim de lá
Mas não posso mais voltar
Costa Azul, energia adolescente
Corpo, mente, em ebulição
As gangs, os boys, as minas, os tchus
E finalmente, o violão
Furdunço na roda de pogo
Calor acolhedor do Calypso
Lapa na madruga é pra quem tem coragem
E pra quem sente que nasceu pra isso
Carranca na cara, coturno no pé
Agreste feito mandacaru
E o Rio Vermelho me carregou
Cada viela, cada beco me levou
Prum quarto dos fundos em Salvador
(Carcará quis explorar)
Retirante cultural da seca do meu lugar
E pra quem nasceu de asa, o pecado é não voar
Nunca é tarde demais
Pra voltar
Pro azul que só tem lá
Eu vim de lá (eu vim de lá)
Eu vim de lá, baby (eu vim de lá)
Eu vim de lá
Mas não posso mais voltar
Eu vim de lá (eu vim de lá)
Eu vim de lá, baby (eu vim de lá)
Eu vim de lá
E agora eu posso voltar