Quem entra na história
Entra no escuro
História de se ver
Os mais belos gestos
Tenho um travesseiro de noite
Um travesseiro de estrelas
Sem travesseiro, não tenho
Mais desejo de ser
Quem entra na história
Se esconde em uma sombra
Com medo dos olhares
Que faz doer e machucar
Tenho um travesseiro de plumas
Em forma de lua
Em forma de duna
Refazendo os gestos
Chame meu número
Não tenho humor
Chame meu número
Tenho sangue muito quente
Chame meu número
Vem, me desnude
Não tão sábio
Nem collage
É justo o que me falta
Chame meu número
Componha minha vida
Chame meu número
Faça-me 'hallalil'
Chame meu número
Me dê um 'lá'
lalalala
lalalal
Chama-me
Quem entra na história
Entra no escuro
Veludo de um boudoir
E pelo resto
Tenho um travesseiro lanoso
Sem pelos
Sem travesseiro não tenho
Mas a nada a por
Alegoria, venha
Ultraje das emoções
O meu lá, é
Embriaguez de gestos
À loucura, tenho 'l'a...lo'
Que me diz: para a cama, já
A melhora é
Caixa de sonhos