Onde foi aquele moço bom da Renascença
Pai gentil das fábulas, romances e poemas?
Quem vai sustentar conosco o peso dessa pena?
Estamos todos esperando a volta do Mecenas
E você diz: Olha, que linda as rosas
Quando eu digo: Acorda! Quem se importa?
Quando foi que entramos nesse estado de demência?
A cada nova década aumenta a decadência
E quem é que toma as divinas providências?
Eu não tenho pressa, mas me falta paciência
E você diz: Olha, o raiar da aurora
Quem dormir agora vai perder a hora de ver o sol nascer
Pois ainda há tempo para a nova Renascença
Pra abençoar nossos romances e poemas
E fazer sorrir a tinta dessas novas penas
Haverá de vir, um dia, a volta do Mecenas
Olha, o raiar da aurora
Quem dormir agora vai perder a hora de ver o sol nascer
De ver o sol nascer
De ver o sol nascer
De ver o sol nascer
Olha, o raiar da aurora
Quem dormir agora vai perder a hora