Dotô,
Jogava o Flamengo
Eu queria escutar.
Chegou,
Mudou de estação
Começou a cantar.
Tem mais:
Um cisco no olho
Ela, em vez
De assoprar,
Sem dó,
Falou que, por ela,
Eu podia cegar.
Se eu dou
Um pulo, um pulinho,
Um instantinho no bar,
Bastou
Durante dez noites
Me faz jejuar,
Levou
As minhas cuecas
Pro bruxo rezar,
Coou
Meu café na calça
Pra me segurar.
Se eu tô, ai seu tô,
Devendo dinheiro
E vem um me cobrar.
Dotô,
A peste abre a porta
E ainda manda sentar,
Depois
Se eu mudo de emprego
Que é pra melhorar,
Que é só pra melhorar,
Vê só:
Convida a mãe dela
Pra ir morar lá.
Dotô! Ai, Dotô!
Se eu peço feijão, ela deixa salgar,
e ela deixa salgar.
Calor! Ai, Calor!
Mas veste o casaco pra me atazanar,
Só pra me atazanar,
E ontem,
Sonhando comigo, mandou eu jogar, mandou eu jogar,
No burro, foi no burro
E deu na cabeça a centena e o milhar.
Ai, quero me separar!