(23 de dezembro, duas horas depois da meia-noite
o telefone toca. A ligação é do hospital
Tudo estava claro para mim.)
Não!
(Refrão)
(Só resta a esperança de que o tempo
cure todas as feridas e que Deus
me dê forças para sobreviver a esses dias.)
Ainda agora sinto que o perfume de seu corpo
repousa em cada canto de nossa cama
e a xícara de café ainda por beber
a todo instante me lebra que não tenho aonde ir
Uma nova aurora lentamente desponta
mas para você isso é indiferente
e não tem sentido o que cantam os pássaros
porque seus cantos não chegam até lá em cima
(Refrão)
Não sei agora o que faço
comigo, carrego uma cicatriz indelével
nunca mais os seus sussurros aos ouvidos
abro a janela, o ar é sufocante
Visto rápido o meu casaco
e saio apressado pela rua
é ótimo que esteja chuviscando
não são lágrimas no meu rosto
(Refrão)
Ainda me lembro de todas as nossas últimas palavras
Daquele voto forte, inquebrável.
Eu ir com você, eu sei
Você não queria. Tenho de lutar
Tenho que lidar com isso.
(Refrão)