No ano de 39
Juntaram-se aqui os voluntários
No tempo em que as terras eram poucas
Daqui saiu o navio para a manhã azul e ensolarada
A visão mais doce já vista
E a noite seguiu-se ao dia
E os contadores de histórias dizem
Que as almas valentes
Por muitos dias solitários
Navegaram pelos mares brancos
[Nunca olharam para trás, nunca temeram, nunca choraram]
[Não me ouves chamar?]
Mesmo estando a anos de distância
[Não me ouves chamar por ti?]
Escreve as tuas cartas na areia
Pelo dia em que tomarei a tua mão
Na terra que os nossos netos conheceram
No ano de 39
Veio um navio do azul*
Os voluntários voltaram para casa nesse dia
E traziam boas notícias
De um mundo acabado de nascer
Embora de coração pesado
Pois a terra é velha e cinza
Minha querida, nós vamos partir
Mas meu amor isso não pode ser
Oh, tantos anos se passaram
Embora eu seja pouco mais velho que um ano
Os olhos da tua mãe, pelos teus olhos, choram por mim
[Não me ouves chamar?]
Mesmo estando a anos de distância
[Não me ouves chamar por ti?]
Escreve as tuas cartas na areia
Pelo dia em que tomarei a tua mão
Na terra que os nossos netos conheceram
[Não me ouves chamar?]
Mesmo estando a anos de distância
[Não me ouves chamar por ti?]
Todas as tuas cartas na areia
Não me curam como a tua mão
Pela minha vida, ainda por vir, pobre de mim.