As luzes se apagam
Enquanto o tempo desbota, escondido num canto
E escuta, nos olhando,
Entre histórias que escorrem
As vemos mudar e vemos que só nós mudamos
Ficamos distantes, ficando um ao lado do outro
Você não nota isso?
Nos nossos olhares que se cruzam nas ruas e por engano
Em pleno voo, sem se erguer mais
Mas tem alguma coisa que não volta
Ignorando as minhas memórias suas
Escrevo para você mas depois esqueço
Não te escrevo, porque é inútil
Eu olho para o vazio que está aos pedaços e você
Você dorme assistindo a TV
Não sei quem se importa com a gente
O que você quer? Se você não fala...
Se nos dissermos sim, mas fingindo
E nós dois sabemos disso?
Palavras que tropeçam
As desperdiçamos em silêncios, descarregando-as sobre a gente
E então sobre o telefone
Você agarra os respiros e os ajusta em um sopro
Você se diverte e se chateia
A partir de agora, nunca mais dê nem a mim nem a nada por certo
Não responda se eu te perguntar sobre a gente
Mas tem alguma coisa que não volta
Ignorando as minhas memórias suas
Escrevo para você mas depois esqueço
Não te escrevo, porque é inútil
Eu olho para o vazio que está aos pedaços e você
Você dorme assistindo a TV
Não sei quem se importa com a gente
O que você quer? Se você não fala...
Nos reprovamos, mas a voz soluça
Grite no meu rosto, jogue na minha cara e vá
Silêncio enquanto isso e depois de um pouco
O barulho e então mais uma vez silêncio
Mas tem alguma coisa que não volta
Ignorando as minhas memórias suas
Escrevo para você mas depois esqueço
Não te escrevo, porque é inútil
Eu olho para o vazio que está aos pedaços e você
Você dorme assistindo a TV
Não sei quem se importa com a gente
O que você quer? Se você não fala...
Se nos dissermos sim, mas fingindo
E nós dois sabemos disso?